sexta-feira, 14 de novembro de 2008

santôsha

Santôsha é um termo sânscrito que designa contentamento. Ainda mais do que isso é o termo que compreende a tradução de um dos preceitos éticos codificados no yôga clássico pelo sábio Patánjali, no séc IIIAC.
Esta norma ética nos fala no contentamento. Nos diz que o yôgin cultiva a arte de contentar-se :) O conceito é lindo, e deve ser aplicado no nosso dia-a-dia, lembra daquela história do copo meio cheio ou meio vazio? É exatamente a mesma coisa. A realidade é sempre a mesma o que muda é a forma como a encaramos.
Normalmente costumamos mudar o nosso ponto de vista quando o comparamos com outro, por exemplo, você está chateado por que a roupa que queria usar não foi passada, aí sai de casa meio sem graça e encontra um amigo que diz que ficou sem trabalho, ou que brigou com a namorada, enfim, que conta uma história bem mais triste do que a sua roupa amarrotada... já deu para entender onde é que eu quero chegar né?
Mas o tal do santôsha nos ensina a cultivar a alegria, o contentamento sobre a vida o tempo todo... O TEMPO TODO??? Difícil né? É tão mais fácil termos um acesso de pena de nós próprios, ou nos queixarmos do frio ou do calor, ou da dor de cabeça, ou do cansaço? Parece que se nos queixamos conseguimos atrair mais atenção para nós próprios do que se simplesmente estamos felizes da vida... Paradoxal, no mínimo.
Vivemos numa sociedade doente, uma cultura que valoriza as queixas, as reclamações, por mais que de uma forma consciente digamos o contrário.
Vamos mudar isso. Chega de reclamar, somos responsáveis pelas nossas escolhas e pela nossa vida, e vamos tratar de ser felizes com isso!
SANTÔSHA neles!