quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Eu conheci o DeRose...


O ano era 1992, eu tinha 15 anos e praticava Bio-Ex (o pai do Pré-Yôga) na minha cidade natal, Pelotas no interior do sul do Brasil. Minha professora organizara um curso e eu estava animadíssima! Auxiliei na organização daquele evento, recebendo instrutores e alunos que chegavam de todo o país e da Argentina.
Lembro exactamente do momento em que o conheci, toda a expectativa se tornava real, concreta e objetiva. Ao olhar nos olhos do Mestre, percebi claramente que tinha encontrado a Cultura que encaixava perfeitamente com a minha forma de estar no mundo. Recordo de desejar que aqueles dias nunca acabassem...
Foi um final de semana de imersão em uma filosofia que para mim ainda era bastante desconhecida, mas que naquele momento fez todo o sentido. Confesso que não consegui desgrudar os olhos e a consciência da figura do Mestre. Cada palavra tinha uma lógica precisa e a sensação era a de ver todas as peças de um grande puzzle a se encaixarem.
Mas o final de semana terminou e na segunda-feira eu já tinha decidido me tornar instrutora do Método DeRose! Dali para frente foi um dia depois do outro. Abrir a escola, viajar pelo Brasil, expandir a percepção sobre a forma de ser e estar na vida.
Viajar à Índia na sua companhia daria um livro (ou melhor, um dia dará). No entanto muito mais do que conhecer lugares, a grande mais-valia foi sempre o convívo com o Mestre, aprender nas entrelinhas, quando ele orienta, indica o caminho, fala ou cala, são sempre oportunidades da aprender.
Hoje, olhando para trás acho que foi tudo um pouco rápido, mas certamente a influência dele, apoiando, incentivando, dizendo as palavras certas nos momentos exactos, foi fundamental para o meu sucesso na profissão.
O tempo passou, muita coisa aconteceu, hoje dirijo minha escola na cidade do Porto e a distância Portugal-Brasil por vezes torna-se penosa. A saudade cresce e o tempo que estamos juntos, sempre parece pouco.
Mas felizmente, as memórias existem para isso, para fechar os olhos e reviver cada instante como se o passado se tornasse presente, e o tempo e o espaço se fundissem na eternidade da lembrança.

2 comentários:

João Pinto Costa disse...

Que honra que deve ter sido... :)
http://maildeumlouco.blogspot.com/

Pedro Carrer disse...

Sem dúvida sentimos muita falta da presença constante do Mestre junto a nós. Mas quando o temos por perto, sua presença é irradiante e torna os breves momentos juntos ua eterna lembrança.
beijos
Pedro Carrer